As férias estão chegando e a escola encontrava-se silenciosa, pois os alunos já decretaram férias, aproveitei este tempo tranquilo para dar uma ordem no meu armário. Arrumei muito pouco já que era muita bagunça para pouco tempo, como sempre detesto arrumar armários.
Quando chego na sala dos professores encontro a Júlia cuidando de um gatinho.
Eu amo ver qualquer bebê nunca resisto, seja ele de gente ou de bicho, fui chegando perto levei um susto o gatinho estava todo sujo e miava pedindo ajuda, afinal o tadinho estava com os olhinhos fechados pela sujeira e nem conseguia respirar direito, pois o nariz estava pior ainda, não pensei muito e já peguei um papel umideci e fui limpando a carinha sujinha do bichinho, mas não adiantou estava muito grudada, resolvi dar um banho no gato, já que ele também tinha bichos brancos no corpo todo, não é o melhor a fazer e não seria minha primeira escolha para ajudá-lo, mas quando vi aqueles vermes no corpo todo dele, fiquei muito chateada o gatinho já estava abandonado a um tempinho.
Aqueci a água e comecei o banho, depois do susto de não saber o que acontecia, afinal não ele não enxergava nada o gatinho gostou da sensação da água quente, lavei o bichano o melhor que pude. Depois com cuidado eu o enxuguei com um pano gostoso que arrumaram e ele foi se aconchegando querendo carinho me emocionei, como tem gente horrível que abandona seres indefesos, sejam crianças ou animais, que nem sabem comer a própria sorte. Senti vontade de xingar muito quem fez isso com o pobrezinho, mas o miado do pequeno não me deixou ficar muito tempo neste pensamento tolo, já que o fato estava consumado e eu tinha uma vidinha para cuidar.
A katia chegou e me ajudou fomos para o sol e ele já queria andar e procurar um canto para fazer suas necessidades, tadinho os gatos são animais limpos ele queria achar areia é tão novinho, mas seu instinto sabe o que é melhor para ele.
Depois de deixá-lo confortável com a katia, liguei para a veterinária, porque senti que ele precisava mais do que os meus cuidados, estava tão magrinho, a única coisa que sabia é que leite comum dá diarreia. Pedi que ela cuida-se dele por um tempo, infelizmente ela não quis ficar com o pequeno, pois o abandono é grande e ela tem muitos animais abandonados e não quis a responsabilidade de mais um, fiquei desolada perguntei o que podia fazer por ele e ela disse que era para dar um leite especial para gatinhos, nem sabia que isso existia e fui comprar, quando voltei ele estava aos berros só sossegou, porque o peguei no colo a Júlia e a Katia vieram ajudar a dar leite para ele, mas ele estava tão fraquinho não abria a boca.
Fui embora com o coração na mão, porque não podia traze-lo para casa, já havia adotado o Sr. Gato a seis meses atrás e minha mãe apesar de gostar dele não gosta da ideia de um bicho aqui em casa até hoje, então não podia pensar em trazer outro então sai contando com a ajuda de outras professoras da tarde.
E graças a Deus a Fátima conseguiu ajuda com a veterinária dela e o gatinho está lá tomando soro e injeção, está muito mal. Estas vinte quatro horas são muito importantes para ele, espero que ele se salve e ache alguém que o ame, porque seja bicho ou seja gente vivemos bem quando nos sentimos amados.
Naquela tarde ao chegar em casa peguei o Sr. gato no colo e ele esperneou como sempre, eu falei para ele:
_ Olha hoje lembrei de você quando o encontrei na escola todo manhoso querendo carinho e socorro, porque estava com a pata machucada, e agora todo mimado nem meu colo quer não é mesmo? Pois fique sabendo que você ganhou na loteria! Dei um abraço apertado e o soltei porque o guloso só queria saber da ração.
Bem o Sr. Gato me fez um bem enorme, veio em um momento que eu precisava muito de carinho e distração claro que ele não entrou na minha vida por acaso, eu o ajudei e ele me ajudou.
E o gatinho que achamos na escola agora precisa de alguém você se habilita? Deixe recado por aqui.
Beijos.